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A penúltima reunião do ano no plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira, foi marcada por uma discussão acalorada entre vereadores.
Por cerca de uma hora, eles se revezaram no microfone e trocaram acusações sobre condutas irregulares que estariam sendo cometidas pelos integrantes da Casa.
A confusão começou por causa de um discurso de Gilson Reis (PCdoB) relacionado a uma suposta interferência do prefeito Alexandre Kalil (PHS) na eleição para a presidência Câmara, nessa quarta (12), vencida por Nely Aquino (PRTB).
Gilson chegou a sugerir que Kalil renunciasse e insinuou que alguns vereadores teriam sido beneficiados com liberação de verbas para projetos em troca de voto. Ele citou uma declaração feita por Kalil nesta quinta, em que o prefeito critica parlamentares do “grupo independente” e afirma que os vereadores “que querem ajudar” vão “ter o benefício das suas comunidades”. O vereador Gilson comentou que “parece que isso tem relação de troca com dinheiro público”.
O líder do governo na Câmara, Léo Burguês (PSL), negou que tenha havido negociações nesse sentido. “Desafio qualquer pessoa a dizer que foi oferecido um prego que seja em troca do voto”, ressaltou. Exaltado, ele aproveitou a fala em plenário para acusar Gabriel Azevedo (PHS) de ter tentado uma indicação de cargo na prefeitura em troca de R$ 1 milhão, recusado por Kalil.
Gabriel respondeu, também em entrevista, que a acusação é infundada e aproveitou para rebater a Léo Burguês tecendo críticas à fala do colega e insinuando que alguém estaria usando cocaína no banheiro do espaço reservado para vereadores dentro do plenário. “Ser xingado pelo Léo Burguês é sempre muito bom porque toda a cidade conhece o Léo, os escândalos do Léo”, comentou.
Após muito bate-boca, a sessão foi encerrada sem que qualquer dos três projetos em pauta fosse votado.
